sexta-feira, agosto 24, 2007

TV Land


H
oje, num momento de inactividade cerebral, sintonizei a TVI no aparelho maldito. Apercebi-me, com bastante agrado, que a vertente educadora continua na mó de cima depois de, na série juvenil “Morangos com Açúcar”, demonstrarem que uma catraia consegue amealhar mais fundos para uma causa, em biquini, do que vestida. A pedagogia ao serviço do público.

Do Estado Novo e dos Salazaristas I


"O nacionalismo cura-se viajando."

Pío Baroja

quinta-feira, agosto 16, 2007

Raciocinar não custa assim tanto

Terminadas as férias, deparo com uma mini-entrevista brilhante na NS' (Notícias Sábado) de 21 de Julho:

Entrevistado: Manuel Pinto Coelho, Médico, Presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas

O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência afirmou não ter objecções à legalização da marijuana para fins terapêuticos. Quer comentar?

O dr. João Goulão vai contra as intenções das Nações Unidas e dos países que assinaram as convenções em que se defende para não se ir por aí. A introdução do tratamento com marijuana é um cavalo de Tróia para que esta seja aceite como droga.

Um meio para chegar ao fim?

É uma táctica. Quem se bate pela terapêutica da "cannabis" é quem a pretende legalizada. Novos dados mostram que a percentagem de tetrahidrocanabinol (THC) na marijuana aumentou de 3 para 20 por cento. Estima-se que em 2010 um terço dos doentes com esquizofrenia o sejam devido à marijuana que o dr. João Goulão defende.

A marijuana pode ou não ser útil no tratamento de várias doenças?

Pode ser usada, mas há outras substâncias que também o podem ser. O princípio activo da marijuana, o THC, é comercializado em vários países, mas não em Portugal. Fumar um charro para tratar estas doenças é a mesma coisa que um doente com uma infecção comer um pão com bolor em vez de procurar um antibiótico.

Como se controla o consumo?

Portugal tem uma taxa de abandono escolar de 40 por cento. Não tenho dúvidas de que a marijuana tem um papel nisso: dois terços da população escolar consomem este tipo de substâncias.


Na mesma linha da entrevista feita ao ministro da Saúde, vemos mais um caso típico da argumentação "porque sim". A última resposta é qualquer coisa de extraordinário. Não só responde a alhos com bugalhos como utiliza uma ligação lógica duvidosa. Não será mais coerente pensar que o abandono escolar existe porque os métodos de ensino e pessoas envolventes no processo (consciência dos pais, pessoal docente, condições dos estabelecimentos de ensino) serem péssimos? Viva a demagogia.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Time Is Running Out




123 dias, 18 semanas, 4 meses.
Tique-Taque.


quarta-feira, agosto 08, 2007

Tanto trabalho para nada...

Anda um tipo a aprender Economia da universidade, quando aparece o ministro da Saúde, Correia de Campos, em entrevista ao Público, com umas teorias completamente novas:

Então como se pode resolver o problema?

Havendo mais médicos nos primeiros anos de Medicina. Neste momento há 1350 que entram nas faculdades por ano. A minha meta e a do senhor ministro da Ciência é chegar a 2000. Mas vamos ter que procurar outra solução neste período de transição, porque estamos com medo da crise demográfica dos médicos em 2012/2013. Provavelmente vamos ter que os ir buscar ao estrangeiro. Estamos em negociações para arranjar médicos para as VMER.

Com quem?

Com o Uruguai.

Uruguai? Porquê?

O Uruguai é a Suíça da América do Sul, tem uma única escola médica, o que garante qualidade, uma ministra da Saúde sensível ao problema, médicos em excesso. Ao mesmo tempo, iremos formar para o Uruguai médicos de alta diferenciação, através de um protocolo entre os dois governos.
Devo ter tido uns sonhos estranhos em que o professor nos dizia que os monopólios eram bons apenas para quem os controlava... Bem, neste caso vamos ter cuidado se formos atendidos por um médico com sotaque estranho. Se for uruguaio, ou somos muito bem atendidos, como garante o ministro, ou estamos tramados...