domingo, dezembro 28, 2008

Até já



A caminho do Sul, rumo à última grande aventura de 2008. Vemo-nos no ano que vem. Boas festas. Até já.


sexta-feira, dezembro 26, 2008

E daí talvez não

Ao que parece, não é só o Papa da Academia Minhota que diz umas coisas engraçadas: o  seu homónimo de roupa branca (o manda-chuva da Igreja Católica) também gosta de as arremessar castiças.
Numa notícia do jornal Público, o Papa Bento XVI decidiu atirar, pela milionésima vez, com o argumento «anti-natura» aos homossexuais.

Além da conversa já meter fastio, de tão repetitiva, espeta-se, de cabeça, numa asneirada recorrente e fascinante. Tendo em conta tão sábio argumento, gostaria de propor algo absolutamente radical ao senhor Papa: que me arranje provas da existência de outra espécie, na Natureza, que acredite em Deus ou em Deuses. Até lá, poderei, com todo a segurança, exigir que todas as pessoas que acreditem em sujeitos invisíveis sejam internadas em manicómios, por distúrbios mentais. Para palermice, palermice e meia.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Recomendado II

Sobre o TGV, no JN:

O TGV, que se anuncia, é talvez o investimento público mais estúpido de toda a história do nosso país. O enorme espírito de Natal dos portugueses, associado aos seus tradicionais brandos costumes, não chega para tolerar tão enorme disparate.
(...)
O investimento não é amortizável e, apesar da (pífia) comparticipação de fundos europeus, irá comprometer os impostos de três gerações. Além de que a exploração comercial deste comboio será deficitária, como já o é em todos os países e todas as linhas - com uma única excepção, no Japão.(...)

Por último, o TGV não incorpora benefícios de ordem social. A maioria dos cidadãos nunca utilizará este transporte de ricos, que será pago pelos impostos dos pobres.Então, para que serve? Para que Portugal não fique arredado das rotas do desenvolvimento, como nos querem fazer crer? Este é o mais falacioso dos argumentos. Se o TGV gera riqueza, então por que razão os países com os mais elevados índices de desenvolvimento humano - a Noruega, a Suécia, a Irlanda, ou até a Austrália e o Canadá - não têm alta velocidade ferroviária?
Paulo Morais 

domingo, dezembro 21, 2008

Hipoteticamente

2012, algures na Europa, almoço de família:

-Estão a pensar viajar, este ano?
-Estamos sim, avô.
-Vão ver os jogos do Euro, à Polónia e à Ucrânia?
-Não, não estamos lá muito virados para o futebol.
-Estou a ver. Vão a Londres, às Olimpíadas, então?
-Nem por isso.
-Querem ir onde, afinal?
-A Guimarães.
-Guimarães? Onde fica isso?
-Não sabemos. Mas diz que é Capital Europeia da Cultura.


sábado, dezembro 20, 2008

Os anos pesam

Entre conferências de imprensa e sapatos voadores, o que mais me incomodou foi mesmo o ar envelhecido de Bush. As coisas não devem andar calmas pelos lados da Casa Branca...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Recomendado

Sobre a hipotética frente política encabeçada por Manuel Alegre:

Como avaliar os professores? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz-lhes um poema.

Alunos portugueses têm maus resultados nos testes Pisa? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema contra a opressão dos exames.

Défice? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema contra a fuga ao fisco.

Despesa do Sistema Nacional de Saúde dispara? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema contra o cancro.

Falência da segurança social? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema aos velhinhos.

A economia está estagnada? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema contra a economia capitalista.

Fábricas fecham no vale do Ave? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema contra as lojas chinesas.

Deputados faltam à sexta-feira? Primeiro-ministro Manuel Alegre faz um poema à caça e à pesca.



quarta-feira, dezembro 10, 2008

Pérolas II

Citei, dois posts abaixo, uma frase de Vasco Leão, em que se anunciava, aquando da sua primeira eleição em 2000 ou 2001 (não tenho a certeza), o arauto da «nova geração de dirigentes associativos».

Curiosamente, em jeito de complemento vitamínico, surge, do nada, um exemplo retumbante, explicando como é, de facto, a nova geração de dirigentes associativos.

Daniel Vieira da Silva, ex-Vice-Presidente do Departamento de Comunicação, Divulgação e Imagem da AAUM, através do seu blogue D@niGIFT, «brinda-nos» com um «presente», nesta quadra natalícia. Devo avisar, antes de mais, que os seus dotes de «comunicador» são notáveis:

«E agora os resultados:

Votos: 2354
Abstenção : 85%

Lista A - 1951 ( 82,7%)
Lista B - 193 (8,2%)
Lista C - 90 (3,2%)
(...)
Que grande vitória... Que cabazada... Que classe... Que nível...
(...)
Mas que se "fodam" os bloquistas e os comunas... (...) Não gosto de pseudo-intelectuais, de "cabrões" com a mania que são supra-sumos da intelectualidade e inteligência (...)

Hum... Há aqui alguma coisa que não cheira bem. Estávamos a ir bem com uma vitória tão «distinta» e mete-se caralhadas à mistura? Mau, mau...

«A festa é de todos os estudantes... Mesmo daqueles pouquíssimos que se enganaram e votaram de forma errada! (...) Hoje foi a vitória da democracia... Uma democracia sem partidos e viva, uma democracia com um único objectivo... Os estudantes!»

Votar de forma errada, como todos sabemos, é pegar no boletim de voto e fazer um barquinho em origami. Não consigo compreender de que outra forma se pode votar de forma errada. De qualquer das formas, apenas se pode elogiar a fibra democrática deste rapaz.

«viva as propinas de 1º ciclo para alunos de 2º ciclo»

Esta parte aqui também é engraçada. Na Universidade do Minho existe a política não escrita de se afirmar que tudo o que acontece lá é absolutamente inédito e espectacular a nível nacional e, em rasgos de modéstia, a nível mundial. Na Universidade de Aveiro, assim como em outros institutos de ensino superior por este país fora, o 2º ciclo do Ensino Superior sempre custou o mesmo que o 1º ciclo. De tal forma, por muito que se esperneie, isto não foi uma vitória da anterior direcção. No máximo, apenas conseguiram fazer com que a Reitoria copiasse os seus concorrentes. A direcção de Pedro Soares fez muitas coisas bem, mas este não é um desses casos.

Porém, o que mais me inquieta é o seguinte: alguém terá colocado o post em várias notícias do ComUM, com o intuito de divulgar aquela pérola bloguística, ou terá sido o próprio, julgando que estava a fazer um brilharete, que a colocou lá? Fica a dúvida no ar. E também o potencial de desencadear muita risota.

Resultados Eleições AAUM 2008

A vitória da lista A, para a a Direcção da AAUM, foi esmagadora, com quase 2000 votos. As outras listas foram completamente varridas, não obtendo, juntas, 300 votos.

Eduardo Velosa, líder da lista B, refere o facto de terem conseguido eleger duas pessoas para o CFJ, a partir de uma lista afecta à sua, ser algo raro. Não é. O ano passado, excepcionalmente, só houve competição para dirigir a mesa da RGA. Nos anos precedentes, isso não aconteceu.

Bárbara Seco, líder da lista C, comentou o facto de terem existido tentativas de influência de voto, junto às urnas. Bárbara Seco frequenta, pelo primeiro ano, a UM. Se assim não fosse, já sabia «o que a casa gasta»...

Actualização: Tenho 100% de certezas que fui o primeiro blogger a publicar os resultados das eleições, deste ano, para a AAUM.

Impagável

Vasco Leão, director da Rádio Universitária do Minho, a falar, na própria, dos tempos em que representava a «nova geração dos dirigentes associativos». Ó tempo, volta p'ra trás!