sábado, agosto 30, 2008

Encerramento dos Jogos Olímpicos

Política à parte, tanto a cerimónia de abertura como a de encerramento dos jogos olímpicos surpreenderam-me. Os britânicos estão com um enorme peso nos ombros, tendo em conta que cabe-lhes a tarefa de superar o feito dos chineses. Deixo-lhes um pequeno conselho: esqueçam as coreografias de massas. Os chineses fizeram o melhor possível nessa área, tornando-se praticamente insuperáveis. Arrisco-me a dizer que estes foram os últimos Jogos Olímpicos da velha guarda. Daqui para a frente, é inovação ou fracasso. A apresentação dos ingleses não me desiludiu, muito pelo contrário. Até veio reforçar esta minha ideia.

Acostumado ao tradicionalismo inglês, fiquei boquiaberto quando Jimmy Page sobe ao palco, de guitarra em punho, para acompanhar a Leona Lewis num cover da Whole Lotta Love dos Led Zeppelin. Apenas digo que a «machidão» atingiu níveis estratosféricos, eclipsando por os cantores chineses, que haviam actuado momentos antes. Em boa verdade ninguém percebia patavina do que dizia. Aqui fica a actuação (para ver o vídeo (imagens e som) é preciso fazer download no endereço indicado):





sexta-feira, agosto 29, 2008

Uma achega sobre a «vaga de criminalidade»



«Como mostra o gráfico, a criminalidade violenta diminuiu em 2007 cerca de 10%. Os dados para o primeiro semestre de 2008 dão um aumento de 10%, o que anula a diminuição de 2007. A ciminalidade de 2008 está aos níveis de 2006. A suposta onda de criminalidade afinal era o estado habitual do país em 2006. Alguém se lembra desses tempos terríveis?»

João Miranda via Blasfémias

segunda-feira, agosto 25, 2008

Agora é que a porca torce o rabo

«Socialismo significa justiça social e igualdade, mas igualdade de direitos, de oportunidades, não de rendimentos»

-Raul Castro, presidente de Cuba, preparando os cubanos para uma redução geral dos subsídios governamentais; in Time.

Pois. Era o que me tinha parecido.

Para quem acha que a arte contemporânea é toda uma seca

O trabalho de artes plásticas mais impressionante que vi na vida:



O sítio oficial e o blog do pintor Blu.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Barbaridades a preços módicos

Os inquéritos de Verão são uma secção essencial nas revistas e jornais. O conhecimento adquirido nessas páginas é indispensável para perceber as mentalidades do nosso país.
Depois de descobrir que Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, considera Álvaro Cunhal, o tipo que apoiou a invasão da antiga Checoslováquia pela União Soviética, durante a Primavera de Praga(um exemplo chega), o seu político preferido, fico a saber que Ana Mendes, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, é Federalista. À pergunta «Era capaz de anexar Portugal? A que país?», respondeu «Sou federalista. Anexava os países da União Europeia uns aos outros, numa nova entidade política supranacional». Isto pode parecer algo simples, mas não é.

Cara Ana, a tua posição é um pouco difícil de compreender. Normalmente, as pessoas assumem uma posição porque, na sua perspectiva, é o melhor a fazer. Porém, não consigo encaixar a ideia que, se Portugal fosse governado por uma elite política, a partir Bruxelas, estaríamos melhor. Num período em que se discute a importância da regionalização, devido ao umbiguismo dos nossos dirigentes em relação a Lisboa, parece-te uma boa ideia mudar o centro decisório uns 2000km para Nordeste? Perder a autonomia diplomática iria beneficiar-nos no comércio com os PALOP's? Ser um Estado como a Califórnia ou o Texas seria uma melhoria? Ou simplesmente não sabes do que estás a falar? Talvez os tachos na Europa sejam melhor remunerados do que cá? Principalmente para dizer palermice. É isso? Assim já nos entendemos.

Veto no Divórcio

Caixa de comentários no Avenida Central:

contra-corrente disse...

O divórcio não deve ser facilitado nem dificultado, "in medius virtus est" como diziam os romanos.Mas o equilibrio e o bom senso são qualidade raras hoje em dia na sociedade...
Não pode haver divórcio à primeira "estalada" mas o sistema também tem que acompanhar o desiderato.Um divórcio deixa sempre muitos problemas sociais, afectivos, economicos, etc. e deve ser apenas um recurso "disponivel" e nunca "facilitado".Designadamente, um divórcio não pode ocorrer em 24 horas nem em 3 meses...
Hoje em dia com a cultura de independência dos jovens (egoismo também) não há cedências e existe o culto de que uma relação tem que ser sempre apimentada (isto é sempre adocicada e apaixonada) e sabe-se que não é assim.Se não houver uma cultura de colaboração, de resistência, de tolerância, de reconhecimento de uma "menor paixão" com o tempo, fica o "caldo entornado".Conclusão: o sistema de justiça deve meter um "pauzinho na engrenagem" como dizia o Zé Mário Branco para que o divórcio não seja a 1ª opção mas a última...
Aqui não concordo com o Manuel Alegre em quem votei, aliás...

Hugo Monteiro disse...

Contra-Corrente:

Claro, uma chapada no conjugue é uma coisa normalíssima. Sugiro que só sejam permitidos divórcios a partir do primeiro pontapé na cabeça. Só assim poderemos trazer algum bom senso para este debate.



sábado, agosto 16, 2008

«Me is heading West Side»

Está formalizada a minha candidatura ao Mestrado em Comunicação Multimédia na Universidade de Aveiro. O director já me deu garantias de que não vai haver alterações ao plano curricular, a meio do curso, nos próximos anos. Mais vale prevenir do que remediar...

terça-feira, agosto 12, 2008

Os «Pseudós»

Depois de assistir a um concerto dos Rage Against the Machine, juntamente com milhares de «anarcas de Cascais», e de ter estado cinco dias em Paredes de Coura, rodeado de revolucionários da treta, começo a nutrir um certo fascínio pelos portadores de t-shirts do Che Guevara. Encontrei um post muito interessante no Blasfémias sobre o assunto:

All Together Now

Também dei de caras, nos comentários do post supramencionado, com um documentário, em castelhano, sobre o mito de Che Guevara:


E, para finalizar o bolo, um pequeno texto, em que Che louva a Coreia do Norte, liderada por Kim Il-Sung:

“De los países socialistas que visitamos personalmente, Corea es uno de los más extraordinarios. Quizás es el que nos ha impresionara más de todos ellos. Hoy tiene una literatura y una cultura nacionales, y un orden nacional, y un desarrollo ilimitado, prácticamente, de la cultura. Tiene enseñanza secundaria, que allá es hasta el noveno grado, obligatorio para todo el mundo. Tienen en toda la industria el problema que ojalá nosotros tuviéramos hoy –que tendremos dentro de 2 o 3 años–, que es el problema de la falta de mano de obra.

Corea está mecanizando aceleradamente toda la agricultura para lograr mano de obra para poder realizar sus planes, y también se está preparando para llevar a los hermanos de Corea del Sur el producto de fábricas de tejidos y otras, para ayudarlos a sobrellevar el peso de la dominación colonial norteamericana.

Es, realmente, el ejemplo de un país que gracias a un sistema y a dirigentes extraordinarios, como es el mariscal Kim Il Sum, ha podido salir de las desgracias más grandes para ser hoy un país industrializado. Corea del Norte podía ser para cualquiera aquí en Cuba, el símbolo de uno de los tantos países atrasados del Asia. Sin embargo, nosotros le vendemos un azúcar semielaborado como es el azúcar crudo, y otros productos aún sin elaborar, como es el henequén, y ellos nos venden tornos prensadores, toda clase de maquinaria, maquinaria de minas, es decir, de productos en que ya se necesita una alta capacidad técnica para producir. Por eso es uno de los países que nos entusiasma más.”


Há coisas fantásticas, não há?

sábado, agosto 09, 2008

Jornais e Gelados

Vale a pena comprar jornais no Verão. Praticamente todos os dias são distribuídos livros, sem nenhum acréscimo de preço, juntamente com os diários generalistas. Um livro de poemas e a "Voz do Subterrâneo" de Fiódor Dostoiévsky já cá cantam (apesar de eu achar que se chama Cadernos do Subterrâneo, mas enfim...). "A Arte da Guerra" sai um dia destes com o DN. O Diário de Notícias, apesar de ter bons cronistas, tem uma paginação, na minha opinião, bastante desagradável. E não gastem dinheiro no JN: praticamente todos os cafés têm um.