quinta-feira, outubro 30, 2008

Curiosidades

Antes de mais, queria aqui anunciar que o pessoal responsável pela organização da Recepção ao Caloiro, em Coimbra, é uma cambada de chulos! Já está.

Há uma dúvida que me atormenta há alguns anos. O pessoal, durante aquele período em se andou a dizer que Bolonha era uma porcaria, acusava o Ensino Superior português de ser elitista. Ora, não acho que seja verdade.

Atentem nisto:


Nome: CC = A UM CURSO DE MERDA
Título: NAO VALEIS UM CARALHO
Texto: FILHOS DA PUTA DE GAYS:::::::


Nome: O COMUM È JORNAL DE MERDA FEIT
Título: CC= È UM CURSO QUE NAO VELE UM CARALHO
Texto: So sabeis criticar putas... andais a apanhar no pito.....

Não sei o que é que consideram elites, mas já ando à procura delas há bastante tempo. Se calhar estou a precisar de óculos...

segunda-feira, outubro 27, 2008

Ui...

Só agora é que me apercebi do quão desastroso vai ser o Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012. O orçamento é incrivelmente reduzido e a dimensão de Guimarães comparativamente com algumas das cidades que partilharam, ou vão partilhar, o título é estrondoso. A menos que desatem a construir coisas a torto e a direito, não estou a ver como é que vamos conseguir cumprir as expectativas.

Só para ficarem com uma ideia:

quarta-feira, outubro 22, 2008

Deseducação II

Encontrei um texto interessante sobre o meio em que os "nerds" se desenvolvem no Ensino Secundário. O autor descreve a realidade liceal Norte-Americana, porém, parece-me que há certos paralelismos com o ensino português, principalmente na parte em que o autor refere a quantidade de coisas inutéis ou mal ensinadas nas escolas. Para quem tiver paciência, fica aqui o link.


sexta-feira, outubro 17, 2008

Reabertura

O ComUM reabriu com nova (quase) gerência. É passar lá para incentivar a malta jovem. Extremamente Recomendado.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Prá Frentex

Estes políticos estão a ficar muito modernaços. O embaixador britânico em Portugal, Alex Ellis, tem um blog todo castiço. Dava-nos jeito uns políticos destes, por cá. Mais pessoas e menos Senhores Doutores.

Mais um jerico no estábulo

Ao fim de uma porrada de anos, consegui ter o meu nome inscrito no blogue da Instituição Marzápia. Muitas parvoíces se seguirão. A marzapização não será televisionada.

quarta-feira, outubro 15, 2008

A «Direita» Esquizofrénica

O Estado Novo deixou um legado em Portugal: as ideologias políticas estão todas trocadas. Os casos mais comuns são aqueles que se dizem de Direita e são de Esquerda e os que se dizem Liberais e são Conservadores. A título de exemplo, causas fracturantes (liberalização das drogas, aborto, casamento homossexual, etc) são atribuídas à Esquerda, o que é errado. Pessoalmente, acho as definições do Political Compass bastante acertadas. É necessário substituir o binómio Esquerda-Direita pelo modelo de dois eixos que acrescenta o vertical «Liberal-Conservador». Isto acabaria com muitas ideias-feitas que circulam erradamente pelo senso-comum.

Na passada segunda-feira, deparei-me com um texto propagandístico exposto num cartaz. Como não consegui leva-lo para casa, consultei, posteriormente, um texto semelhante no site desse partido. Tentem adivinhar que partido é:

Há quem ande a fazer da nossa Pátria, uma república das bananas; um paraíso para milionários sem escrúpulos. Esses, acham-se no direito de saquear o herário público em proveito próprio. São eles, os mesmos que anunciam a falência da Segurança Social, que falam amíude em crise, que exigem sacrifícios aos portugueses...
São eles que, através das suas políticas suicídas e criminosas, privam a Pátria da posse e fruição dos seus recursos naturais. São eles que entregam de bandeja os centros de decisão. São eles que alienam os sectores estratégicos da actividade da Nação...
A eles, tanto se lhes dá o dia de amanhã, desde que no dia de hoje possam encher os seus bolsos e as suas contas bancárias!
Eles exigem sacrifícios ao seu povo – o qual dizem defender e representar – mas o que lhes importa é garantir a própria barriga cheia, a mesa farta e as mordomias todas!
Eles são completamente indiferentes e insensíveis ao futuro de Portugal e do seu povo, pois estão demasiado cheios dos seus interesses egoístas. E os exemplos de desigualdade multiplicam-se! O fosso entre ricos e pobres é uma afronta!
Agora, recentemente, para aumentar o justo sentimento de indignação e de injustiça - diante de um cenário de tantos sacrifícios exigidos ao nosso povo, de tanto desemprego, de tantas falências, de tantos ordenados ofensivos à dignidade do ser humano e à dignidade das famílias - os nossos governantes não hesitam em anunciar que se vão pagar de 4 mil a 11 mil contos – cosoante os casos – a cada um dos 84 ex-deputados da anterior legislatura, através de um “Subsídio de «Reintegração»”...
E porquê?! Será esta, uma “justa gratificação” pelo rico serviço que prestaram à Nação? Coitados dos srs. ex-deputados, que para além do “modesto” vencimento que auferiram enquanto parlamentares, precisam agora de mais esta “ajuda” para compensar as “imensas dificuldades” que terão que suportar durante os escassos dias em que não têm novo emprego de “modesto” salário.
Senhores governantes, senhores deputados e ex-deputados: a lata tem limites!
Não haverá por acaso objectivos mais úteis e justos para esse dinheiro que é de todos nós?
As referências «Pátria» e «Nação» denunciam o Partido Nacional Renovador. E, tal como suspeitava, o PNR, com uma conversa destas, é um partido de Esquerda...

Aberração III

Mais sobre a disciplina de voto:

A disciplina de voto acentua discrepâncias entre partidos, entre esquerda e direita. Intensifica o corporativismo, esmaga o pluralismo, desfavorece o debate de ideias dentro dos partidos. Paralisa as linhas políticas dos partidos, fortalece as ideologias e repele da actividade política quem não se reveja integralmente nas lideranças partidárias do momento. A disciplina de voto induz a homogeneidade cultural, esmaga os desvios e afasta os partidos de quem deveriam representar. Os deputados portugueses têm dois patrões: o povo e os respectivos líderes partidários. Mas não é ao povo que têm de agradecer e agradar por estarem e para se manterem na posição em que estão.

Rui Passos Rocha via Webnotícias.


domingo, outubro 12, 2008

Assim a despropósito...



...o pessoal não se esqueceu que um casal de lésbicas pode ter filhos, certo?

quinta-feira, outubro 09, 2008

Pérolas

No jornal Académico da Universidade do Minho nº82, o novo Papa da academia minhota sai-se com este comentário:
Devido ao processo de Bolonha (...)poderia haver cardeais com 4 matrículas, e o cabido achou que essa situação não seria a mais adequada, pois é muito cedo para ter maturidade suficiente para poder praxar sem traje e estar no topo da hierarquia.(...)só será cardeal à quinta matricula e tem que ter pelo menos um chumbo. Os chumbos são para que as pessoas tenham alguma sensibilidade, quem reprova ganha outra maturidade. O cardeal é aquele que vai aprender com os erros ao longo do ano. Sairá tão bem ou mais preparado que aquele que concluir o seu curso sem reprovar.

Acho que é este o caminho pelo qual Portugal deve enveredar. Devemos gastar o dinheiro dos contribuintes de forma a que os estudantes andem no Ensino Superior a "ganhar maturidade". Promover o mérito é desnecessário visto os alunos portugueses são como o vinho: com o passar dos anos vão ficando melhores, mesmo que estejam parados.

Mais à frente temos um artigo sobre grupos culturais:

Para Diogo Carvalho, membro da Azeituna (Tuna de Ciências), os novos moldes de avaliação trazidos pelo processo de Bolonha têm uma quota parte de responsabilidades no distanciamento dos estudantes. Segundo este responsável, a principal preocupação do momento é "concluir a licenciatura", que em muitos casos foi encurtada para três anos.

Com que então eles vêm para a universidade para concluir a licenciatura?! Malandros!

segunda-feira, outubro 06, 2008

A Silly Season ainda não acabou

Uma jornalista da TVI usou agora mesmo a expressão: «...o que fazem os portugueses perante um aumento evidente da violência?».

Lembro-me de, há uns anos atrás, ter ocorrido, evidentemente, um arrastão.

Jornalismo de sarjeta soma e segue.

"One «question» to rule them all (...) and in the darkness bind them."

Infelizmente, não pude comparecer no comício do PS, a 20 de Setembro, porque estava em aulas. Porém, gostaria de colocar esta questão, se tal fosse possível:

«Sr. Eng. José Sócrates, como pensa governar o país, sem maioria absoluta, entre 2009 e 2013?»

Acho que o mundo acabava no instante seguinte.

domingo, outubro 05, 2008

Aberração II

Ainda sobre a disciplina de voto:

A mudança prometida pelo Partido Socialista tido como progressista entrou no anacronismo. Problemas de embraigem provavelmente. Descobriu-se que os deputados funcionam como meros moços de recado, no levanta-te e aplaude (quem se ri somos nós - para não chorar mesmo) do circo da Assembleia, mais circo agora que nunca. Mas no fundo tenho pena, não pelos diplomas do BE e PEV estarem em vias de rejeição mas, pelo dinheiro dos contribuintes desperdiçado em tanta carne e assento.

De verdade, poupavam-se alguns milhares (talvez milhões) se o Parlamento se reduzisse a 23 lugares em vez dos 230. Contas feitas, ficava a discussão destribuída por Alberto Martins e mais 11 (para vincar a maioria absoluta!), Rangel mais 6, Louçã, Portas, Carvalhas Jerónimo e talvez um do PEV... E para tal trabalho, nem uma Assembleia se calhar era precisa, porque depois, na prática, por muito que falassem e esperneassem os deputados da parte rosa do centrão, na hora da votação tornariam o laicismo e o progressismo socialista num "faça-se em nós a sua vontade, Senhor Primeiro-Ministro".

Nisto faço o elogio do Congresso Americano, onde por muito ligados estejam os representantes a um veio ideológico comum, fazem-se por mais leais a si próprios e às pessoas que representam, porque dependem delas e não dos desígnios de uma Sede Nacional e da sua máquina de propaganda central. Nunca como nestes dias se tornou mais urgente a implementação de ciclos uninominais como forma de garantir que os deputados prestem contas aos seus eleitores ao invés de uma Comissão Política Nacional.
Vítor Pimenta via Avenida Central.