sábado, agosto 29, 2009

Lei das "Uniões Sexuais Fortuitas"

Apesar do susto inicial, esta lei partiu de um artigo de opinião satírico sobre as uniões de facto.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Absolutamente Surpreendente

Pela primeira vez em anos (décadas?) li algo com nexo escrito por Mário Soares. Transcrevo:

A entrevista que a dra. Manuela Ferreira Leite concedeu à RTP1, que vi e ouvi com a maior atenção, constituiu, para mim, uma profunda decepção. Não esperava muito, confesso, dadas as intervenções que tem feito, desde que é líder do PSD. Mas foi pior do que supunha. De uma banalidade que, algumas vezes, roçou o patético.
Só falou dela própria. É uma pessoa séria, decidida, que tem o culto da verdade, que só faz o que deve e não abre concessões para ninguém, sejam amigos ou não. Já o sabíamos. Mas tudo isto é o pressuposto para qualquer político, que tenha princípios éticos e não seja um oportunista. Não precisava, portanto, de o dizer, muito menos tê-lo dito à saciedade. Seria mais subtil - e ficar-lhe-ia com certeza melhor - se mandasse dizer a outrem todos os auto-elogios com que entendeu dever mimosear-se...


Este texto diz muito sobre o estado da política. Quando o maior trunfo empunhado por um político, como é o caso, é ser sério ou honesto, atingimos o zero absoluto. Tal como diz Mário Soares, estas qualidades deviam ser características omnipresentes na classe política, e não aparecer em casos de excepção. Ironicamente, estas são qualidades de que o Dr. Mário Soares carece. Mas a Vida é cheia destas graças.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Nunca Acaba

Desta vez, a minha previsão não tardou a confirmar-se. Vamos a meio de Agosto e já houve troca de insultos entre os senhores do Jamais e do Simplex, levando ao afastamento de João Gonçalves, autor do Portugal dos Pequeninos, do blogue afecto ao PSD. Até agora, os "espaços de debate e reflexão" que o Rui Afonso tinha preconizado deram origem, apenas, a insultos e a ataques pessoais. Dificilmente se vê alguma proposta inovadora a ser apresentada ou, sequer, discutida. Ver senhores como estes, bem formados e bem pensantes, a alimentar quezílias do tipo "o meu pirilau é maior que o teu e, como se não bastasse, até faço xixi mais longe" é, de facto deplorável. O pior é que a liga júnior, dos quais estes meus caros amigos fazem parte, por vezes, parecem enveredar pelo mesmo caminho. Espero, francamente, que isso não aconteça.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Public Enemies



Vou ser frontal: este filme é fraco. Apesar da excelente prestação dos actores, o guionista terá feito um mau trabalho. Péssimo, se imaginarmos o potencial que esta história poderia ter.

O principal problema do enredo passa pela pouca atenção dada às personagens, sendo este fenómeno mais evidente nos protagonistas da história. Muito mais poderia ser mostrado da história das personagens, numa tentativa de criar empatia entre elas e os espectadores. Dei por mim, aproximadamente a meio do filme, a não ligar patavina ao que acontecia às personagens, esperando, em vão, que se sucedesse algo de cativante

Michael Mann não desilude nas cenas de acção, pecando, apenas, quando utiliza o seu estilo tão característico de filmagem em situações mais calmas, onde o balouçar da câmara induz a pouco mais que a dor de cabeça. O efeito é, contudo, estranho. Certas imagens "outdoors" pareciam saídas de uma qualquer telenovela brasileira, algures no meio da Amazónia.

Resumidamente, o filme não passa de meia dúzia de assaltos a bancos e de ocorrências na vida de John Dillinger, Billie Frechette e Melvin Purvis, vagas e desconexas. Apesar da componente histórica, relacionada com a fundação do FBI, estar mais ou menos bem conseguida, é insuficiente para agarrar a atenção.Apenas o final da narrativa poderá despertar algum interesse pela forma como é apresentado, mas, como já foi dito por outro crítico, já chega tarde demais.

O filme mais aborrecido que vi nos últimos anos, apenas ultrapassado pela nulidade que foi o último filme dos Ficheiros Secretos. Recomendado a quem sofre de insónias.


quarta-feira, agosto 05, 2009

Ordem e Progresso

Neste país, misturar música labrega com futeboleirosmau resultado. Goste-se ou não se goste da opinião de João Bonifácio, a liberdade de expressão existe por algum motivo. Infelizmente, o jornal Público bateu no fundo ao defender os fãs insultuosos. É por estas e por outras, que vou deixar de comprar o raio do jornal.