quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Obras


Este blog foi encerrado por tempo indeterminado. O autor encontra-se em remodelação.
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E só para que saibam, aqui vai a frase do dia: "O Sofrimento é o Tempo sem classes. Não há segundos, minutos, horas e dias. Existe apenas uma agonia contínua que se perpétua indiscriminadamente."

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Carpe Diem

Podem ir almoçar, viajar ou ir ter com alguém. Façam-no. Eu vou ficar aqui a cantar e a tocar guitarra até sangrar dos dedos e perder a voz. Talvez perca algo mais. Um momento ou dois, ou quem sabe, todos. E não queria fazer isto, mas esta música tem de estar aqui:

Hallelujah (Rufus Wainwright)
I've heard there was a secret chord
That David played, and it pleased the Lord
But you don't really care for music, do you?
It goes like this, the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Your faith was strong but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
She broke your throne, she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Maybe I've been here before
I know this room, I've walked this floor
I used to live alone before I knew you
I've seen your flag on the marble arch
Love is not a victory march
It's a cold and it's a broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

There was a time you let me know
What's real and going on below
But now you never show it to me, do you?
And remember when I moved in you?
The holy dark was moving too
And every breath we drew was Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

Maybe there's a God above
And all I ever learned from love
Was how to shoot at someone who outdrew you
It's not a cry you can hear at night
It's not somebody who's seen the light
Its a cold and its a broken Hallelujah

Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah
Hallelujah, Hallelujah

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Saga Nocturna (Parte I)

Caminho Velho, Rumo Novo

Seis de Fevereiro de Dois Mil e Seis (6/2/2006) perto das duas horas da madrugada.Afasto-me do CAR. O frio intermitente que me envolve é pautado por um esfregar de mãos. As ruas estão desertas mas não estou sozinho, vou acompanhado. Por mim. A cada passo dado, outro se segue, como naquele jogo de infância que era usado para determinar quem escolhia primeiro os membros das equipas. Existem tantos caminhos… como os vou percorrer a todos? Uma mortandade. Só alguns carros passam de vez em quando, rápidos e longínquos, parecem suspiros. Paro. Um zumbido insistente. Acima e à direita como Jesus Cristo. Viro-me. A porcaria do letreiro da Cruz Verde não se cala. Olho à volta procurando perigo. Nada. Tudo mais tranquilo que um sono de bebé. Porque é que a noite tem de parecer sempre sinistra? Diz-me quem te habita e dir-te-ei quem és. Só eu estou na noite = a noite é EU. A porcaria da Control ficou-me com os trocos e com o material. #%”*€$!(leia-se:"Foda-se!") Malditas máquinas. Odeio-as até ao vício. Como os amendoins que não se consegue parar de comer. É madrugada de segunda-feira. Daqui a algumas horas milhões de despertadores vão acordar milhões de infelizes que têm de trabalhar. Vão amaldiçoar este dia pela enésima vez. Mas eu não, eu estou de férias. Ai! (lamentação), devolvido à vida besta...

Alfredo Novais

PS: Esta série de trabalhos vai servir para eu misturar o Realismo de antigamente com alguns temas actuais ou até, quem sabe, outras fusões de estilos. Provavelmente vou fazer um poema sobre isto brevemente. Mesmo tema, mesmo estilo, outra forma.