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terça-feira, junho 29, 2010

Regras que podem mudar o Mundo



A pergunta é: será que é possível fazer isto em Portugal?

terça-feira, setembro 22, 2009

Procura-se carrasco

Depois do caso das escutas "poluir" o último reduto de dignidade do regime, Belém, o actual panorama político está à espera que alguém pegue numa espingarda e o abata, para acabar com o sofrimento. Já não faltará muito para aparecer alguém que suspenda a Democracia por 6 meses com possibilidade de renovação por 40 anos.

sexta-feira, junho 05, 2009

Europeias 2009

O meu voto de Domingo irá, em princípio, para Miguel Portas e para o BE. Apesar de isto parecer muito estranho às pessoas que têm visitado este blogue (e até a mim, de certa forma), é preciso explicar a estratégia por detrás deste voto. Depois de andar a ler o Que treta! e o Delito de Opinião, compreendi que o voto no Bloco de Esquerda será o mais indicado. Eis porquê:

-O Bloco pertence ao Grupo Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde,  que está em 6º lugar, a nível de representação, no PE. Isto assegura-me, de certa forma, que as propostas económicas deles nunca vão chegar a lado nenhum;

-Por norma, são anti-sistema (o dos outros, claro). É quase certo que vão "mandar vir" sempre que alguém quiser colocar mais um tijolo na construção de uma Europa Federal, algo que deve ser evitado a todo o custo. Como são bastante devotos da causa, não se vão vender, em princípio, como costumam fazer o "moderados" do PS e do PSD;

-A questão dos direitos de autor e dos downloads é, para mim, a mais importante. À falta de um partido como o Partido Pirata Sueco, tenho o BE para desancar neles, sempre que tentem aprovar leis no sentido de nos mandar pró xelindró, de cada vez que assobiarmos uma música na rua.

Basicamente, o BE só vai conseguir servir para alguma coisa no aspecto que me interessa. Melhor é impossível.

PS: Para quando um partido liberal em Portugal?

quinta-feira, maio 14, 2009

Só para avisar que


estou cada vez mais de Direita.





Ó Nélson, faz lá isto a ver o que te dá, fachabor.

Escolhas (actualização)

Sou forçado a discordar do Pedro Morgado neste assunto. Há aqui dois problemas que lhe são subjacentes. 

Primeiro, acho que deve existir alguma espécie de moderação neste tipo de estabelecimentos. Mas, como diz o povo, cada um é como cada qual, e os alunos (e os seus pais) deviam ser capazes de optar pela escola que fosse mais do seu agrado, não só pelos planos curriculares, mas também pelo conjunto de regras que lá fossem aplicadas.

Deixo aqui um exemplo curioso destas práticas, transcrevendo uma notícia que saiu no Courrier Internacional deste mês (Maio 2009):

Deitar tarde e tarde erguer

Acabaram-se os adolescentes que vão para as aulas cabecear! No liceu de Monkseaton, na Inglaterra, as aulas vão começar às 11 horas, se o director obtiver luz verde do conselho directivo do estabelecimento. O relógio biológico dos adolescentes é diferente do dos adultos, defende Paul Kelley, apoiando-se no trabalho de um investigador de Oxford, Russel Foster. Este professor de neurociências testou a memória de 200 alunos, entre as 9 e as 14 horas, revelando que os jovens são mais eficientes de tarde do que de manhã, informa THE OBSERVER. «Se os adolescentes se levantam de tarde, não é por serem preguiçosos, mas porque biologicamente estão programados para tal», afirma. Arrancar os liceais dos braços de Morfeus é prejudicar a sua aprendizagem, consideram o cientista e o director iconoclasta, cujos alunos obtiveram, em Janeiro, resultados espectaculares numa prova de ciências, em que se intercalavam períodos de trabalho de 20 minutos e intervalos de 10 minutos consagrados ao basquetebol.

Segundo, julgo que o sistema funcionaria melhor se cada escola pudesse escolher as suas normas de conduta. Porém, estou perfeitamente ciente que isto não seria muito justo porque a capacidade de escolha dos alunos, nas escolas públicas, é muito limitada e, por vezes, viciada. Este tipo de imposições, definidas arbitrariamente pelo conselho executivo, com pouca ou nenhuma representatividade dos encarregados de educação/alunos,  serviria apenas para saciar os caprichos de meia dúzia de arautos da moral e bons costumes, como refere o Pedro, e bem. Mas também não posso concordar que um pedido de sobriedade numa sala de aulas possa ser apontado como um tique fascista.

Resumindo: parece-me que o problema reside mais na falta de escolha, na altura de decidir por uma escola, do que as regras em si.

terça-feira, abril 07, 2009

Para não variar

Sobre as eleições para o Parlamento Europeu:
«No entanto, o partido respeita opiniões diferentes entre os candidatos ao Parlamento Europeu e vai impor a liberdade de voto, disse à TSF o porta-voz do partido.»

Via TSF.

segunda-feira, março 16, 2009

Esta doeu

"Portugal tem sido ultrapassado por muitos países de Leste cuja juventude leu Mises e Hayek, em vez de Marx, Lenine e Mao."

Esta frase deve estar a queimar muitas orelhas por aí. Ainda assim, antigamente, liam as obras. Hoje é mais ideologia versão t-shirt do Che Guevara.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Pensamento Enviesado

Alguns dos artigos mais "sérios" da Wikipédia portuguesa chegam a roçar o ridículo. Enquanto andava à procura de informação sobre correntes políticas, deparei-me com isto. Tanto a página do liberalismo clássico como a do neoliberalismo foram, descaradamente, escritas por marxistas ferrenhos, preferindo denegrir em vez de expor os detalhes de cada ideologia (aquilo que me interessava saber). Basta comparar a pobreza destes artigos com estes dois. Felizmente, os colegas da versão inglesa têm muito mais cuidado a redigir artigos do que os lusos. Dá mais algum trabalho, mas vale a pena.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Aberração III

Mais sobre a disciplina de voto:

A disciplina de voto acentua discrepâncias entre partidos, entre esquerda e direita. Intensifica o corporativismo, esmaga o pluralismo, desfavorece o debate de ideias dentro dos partidos. Paralisa as linhas políticas dos partidos, fortalece as ideologias e repele da actividade política quem não se reveja integralmente nas lideranças partidárias do momento. A disciplina de voto induz a homogeneidade cultural, esmaga os desvios e afasta os partidos de quem deveriam representar. Os deputados portugueses têm dois patrões: o povo e os respectivos líderes partidários. Mas não é ao povo que têm de agradecer e agradar por estarem e para se manterem na posição em que estão.

Rui Passos Rocha via Webnotícias.


domingo, outubro 12, 2008

Assim a despropósito...



...o pessoal não se esqueceu que um casal de lésbicas pode ter filhos, certo?

domingo, outubro 05, 2008

Aberração II

Ainda sobre a disciplina de voto:

A mudança prometida pelo Partido Socialista tido como progressista entrou no anacronismo. Problemas de embraigem provavelmente. Descobriu-se que os deputados funcionam como meros moços de recado, no levanta-te e aplaude (quem se ri somos nós - para não chorar mesmo) do circo da Assembleia, mais circo agora que nunca. Mas no fundo tenho pena, não pelos diplomas do BE e PEV estarem em vias de rejeição mas, pelo dinheiro dos contribuintes desperdiçado em tanta carne e assento.

De verdade, poupavam-se alguns milhares (talvez milhões) se o Parlamento se reduzisse a 23 lugares em vez dos 230. Contas feitas, ficava a discussão destribuída por Alberto Martins e mais 11 (para vincar a maioria absoluta!), Rangel mais 6, Louçã, Portas, Carvalhas Jerónimo e talvez um do PEV... E para tal trabalho, nem uma Assembleia se calhar era precisa, porque depois, na prática, por muito que falassem e esperneassem os deputados da parte rosa do centrão, na hora da votação tornariam o laicismo e o progressismo socialista num "faça-se em nós a sua vontade, Senhor Primeiro-Ministro".

Nisto faço o elogio do Congresso Americano, onde por muito ligados estejam os representantes a um veio ideológico comum, fazem-se por mais leais a si próprios e às pessoas que representam, porque dependem delas e não dos desígnios de uma Sede Nacional e da sua máquina de propaganda central. Nunca como nestes dias se tornou mais urgente a implementação de ciclos uninominais como forma de garantir que os deputados prestem contas aos seus eleitores ao invés de uma Comissão Política Nacional.
Vítor Pimenta via Avenida Central.

terça-feira, setembro 30, 2008

Aberração

Os comentadores políticos da praça estão aparvalhados. Diz que não há disciplina de voto nos «States». Diz que lá os representantes podem votar no que lhes apetecer. Diz que a maioria desrespeitou as directivas da Casa Branca e dos seus representantes partidários. Em terras lusas, tal feito é aberrante. Parece que a democracia (moderna) mais antiga do mundo deu uma lição de moral aos que dela tanto desdenham.

domingo, setembro 21, 2008

Liberalismo Económico II

O Tiago Laranjeiro aconselhou-me um post do Pedro Arroja no Portugal Contemporâneo:

«Na blogosfera, como em muita literatura académica, o liberalismo versus não-liberalismo é discutido em termos de menos Estado ou mais Estado, e é essa fixação na dimensão do Estado que, não apenas me parece irrelevante, como, na realidade não serve os argumentos daqueles que gostariam de se apresentar como liberais.

Porque a realidade é esta. Os países mais desenvolvidos e ricos do mundo são os países escandinavos da Europa, tal como medidos pelo Índice de Desenvolvimento Humano ou pelo PIB per capita. Ora, acontece que estes são também os países do mundo onde o Estado é maior, tal como medido pela percentagem da despesa pública no PIB.»
Há aqui muitos factores que não são tidos em consideração. Os países escandinavos são quase isentos de corrupção. Além disso, o nível de educação e o escrutínio popular das instituições públicas é mais elevado. Também o ranking de liberdade educativa é liderado por esses países. Também os impostos sobre as empresas são moderados em comparação à quantidade e qualidade de serviços prestados pelo Estado. Todos os países escandinavos têm menos população que Portugal, tornando-os mais fáceis de gerir. Alguns até têm petróleo.

Não sou fundamentalista sobre a dimensão do Estado. Na minha opinião, qualquer medida política deve ser ponderada tendo em conta contexto em que se insere. Aumentar o Estado português, que é gordo já de si, seria um erro, principalmente com classe política que temos. Ninguém quer ter uma enfermeira descuidada a dar vacinas. Por esta lógica, acho má ideia passar-lhe um bisturi para a mão.


quinta-feira, setembro 18, 2008

Liberalismo Económico I

Adam Smith aconselhou os seus contemporâneos a desconfiarem das propostas apresentadas pelos empresários. A razão era simples: existia uma enorme probabilidade de tentarem favorecer a sua posição individual em detrimento do meio colectivo.

Até aqui, tudo bem, visto que esta opinião é bastante consensual na maioria das ideologias políticas. Há um pequeno "senão". A maioria das pessoas julga que um cidadão, ao tornar-se político, é imbuído de um espírito de santidade. Este raciocínio legitima a maioria das posições de Esquerda sobre a centralização e estatitazação do poder decisório económico das sociedades. Porém, é mais complicado de perceber se um político está a legislar/decidir para benefício colectivo ou benefício próprio. Assim, é mais complicado escrutinar a actuação pública do que a privada.

Quando até o Supremo Tribunal é influenciado por posições partidárias, é muito difícil estipular se as entidades reguladoras como o BCE ou a FED estão a agir no melhor interesse dos cidadãos. Cabe-nos interpretar os factos de forma a discernir se as consequências tiveram causa em falta de regulação ou má regulação. Esta é a questão essencial na crise do subprime.

 

terça-feira, setembro 16, 2008

Absolutamente Recomendado

Sobre o casamento:

Giovanna tem uma hepatite incurável. Em Julho foi-lhe induzido o estado de coma para evitar as dores. Mas, antes, Giovanna pediu que a despertassem do coma para poder casar com o companheiro e pai do seu filho.
Aconteceu no passado domingo, em Pádua. O noivo, as testemunhas e o celebrante tiveram de usar máscaras e vestes esterilizadas e a cerimónia realizou-se em plena unidade de Cuidados Intensivos. A noiva estava em sofrimento físico mas feliz. Caiu em coma logo após o ‘sim’. Apesar de não dever recuperar mais a consciência, o seu marido garantiu que a sua vida terminará “num raio de alegria, uma felicidade que nada lhe roubará”.
Não pude deixar de pensar quão pequeninos são aqueles que apregoam que único fim do casamento é a procriação.

Carlos Abreu Amorim via Blasfémias.

PS: Nova etiqueta dedicada ao liberalismo: Águas Livres