Caminho Velho, Rumo Novo
Seis de Fevereiro de Dois Mil e Seis (6/2/2006) perto das duas horas da madrugada.Afasto-me do CAR. O frio intermitente que me envolve é pautado por um esfregar de mãos. As ruas estão desertas mas não estou sozinho, vou acompanhado. Por mim. A cada passo dado, outro se segue, como naquele jogo de infância que era usado para determinar quem escolhia primeiro os membros das equipas. Existem tantos caminhos… como os vou percorrer a todos? Uma mortandade. Só alguns carros passam de vez em quando, rápidos e longínquos, parecem suspiros. Paro. Um zumbido insistente. Acima e à direita como Jesus Cristo. Viro-me. A porcaria do letreiro da Cruz Verde não se cala. Olho à volta procurando perigo. Nada. Tudo mais tranquilo que um sono de bebé. Porque é que a noite tem de parecer sempre sinistra? Diz-me quem te habita e dir-te-ei quem és. Só eu estou na noite = a noite é EU. A porcaria da Control ficou-me com os trocos e com o material. #%”*€$!(leia-se:"Foda-se!") Malditas máquinas. Odeio-as até ao vício. Como os amendoins que não se consegue parar de comer. É madrugada de segunda-feira. Daqui a algumas horas milhões de despertadores vão acordar milhões de infelizes que têm de trabalhar. Vão amaldiçoar este dia pela enésima vez. Mas eu não, eu estou de férias. Ai! (lamentação), devolvido à vida besta...
Alfredo Novais
PS: Esta série de trabalhos vai servir para eu misturar o Realismo de antigamente com alguns temas actuais ou até, quem sabe, outras fusões de estilos. Provavelmente vou fazer um poema sobre isto brevemente. Mesmo tema, mesmo estilo, outra forma.
Ciência, ética e filosofia.
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de como o devemos fazer. Há muitas possibilidades, como acreditar no que
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Há 3 horas
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