terça-feira, julho 31, 2007

Férias

Finalmente, chegaram as férias-férias depois das férias oficiais que ocorrem entre as férias-aulas. O mais completo e abjecto fazer-nenhum. Numa praia perto de si.

quinta-feira, julho 26, 2007

O Aprendiz de Feiticeiro

Nestas férias, que prometem ser as mais curtas e aborrecidas de sempre, deu-me para dissertar sobre o último fenómeno de popularidade: o último livro da saga Harry Potter. O enredo e a escrita não são propriamente pilares na história da Humanidade, mas pode-se dizer que tem o seu "quê" de interessante. Confesso que ainda não li nem o último nem o penúltimo livro, por manifesta falta de tempo. A "grande questão" que a maioria dos fãs levanta é a seguinte: será que aquela "carniceira" tem coragem para "matar" o rapaz, no fim?

A pergunta, em si, é pertinente, porque as histórias, principalmente as são orientadas cronologicamente, ou seja, têm início numa data e terminam linearmente numa data posterior, são fortemente condicionadas e definidas pelo desfecho, uma espécie de "moral". Uns, movidos pela ideia do livro infanto-juvenil, acreditam que o Bem triunfará sobre o Mal e o vilão acaba por ser fortemente sovado, os protagonistas casam-se, têm dezenas de filhos e vivem felizes para sempre num paraíso cheio de borboletas. Outros, mais acautelados pelos "assassinatos" protagonizados pela autora em relação a algumas personagens de relevo, apontam a morte do jovem feiticeiro e da risada final do Lord Voldemort.

Na minha opinião, nem uma nem outra são, de todo, interessantes. A primeira hipótese peca pela banalidade, afinal de contas, praticamente todas as histórias acabam mais ou menos desta forma. Extremamente aborrecido. A segunda é ligeiramente mais incomum, mas já toda a gente está à espera deste desfecho. Sendo apologista de finais surpreendentes acho que o melhor final possível seria a que o Harry matava Lord Voldemort e tomava o seu lugar do "lado negro da Força". A profecia era cumprida, as criancinhas e os pais pela decência ficavam escandalizados, era inovador e lançava o debate entre as propensões pessoais para o Bem ou para o Mal. Vejamos se há coragem para tal...

domingo, julho 15, 2007

Neuro Negócios

Há dias em que redescobrimos um pouco do mundo que nos rodeia, obtendo uma visão nova sobre certos fenómenos. No passado sábado, à noite, fomos levados, ao engano, para um antro de azeiteirice. Foi num estado avançado de deprimência que assisti à chegada de Fernando Alvim e à sua cara de espanto perante a legião de parolice que o esperava.

Ao fim de uma hora, tomei consciência de uma verdadeira Força da Natureza: o poderio das mulheres num bar/discoteca. As mulheres têm um atributo engraçado. Na verdade têm vários, mas este post é só sobre um deles: o neurónio das músicas chungosas. Milhões de pais passam mais de uma década a educar as suas filhas para, recém chegadas a um discoteca, deitar todo esse esforço árduo por terra. Já vi raparigas extremamente cultas ceder à tentação do género musical "Chupadas-Mix", como eu lhe chamo ou, comummente designadas por "Música de Carrinhos de Choque" (criança não paga mas também não anda). É uma verdadeira praga! E das contagiosas!

O que se sucede explico de seguida: os homens presentes acham que, se também gostarem do degredo, também fazem parte da malta. E como é que se gosta de musica daquela sem estar apetrechado com o famoso neurónio? Bebendo até enfraquecer os sentidos e a razão. Decorrido algum tempo após a ingestão de grandes quantidades, o barulho até parece ser engraçado e os tipos ficam irrequietos e acompanham as meninas nas danças. Chegam ao cúmulo de acharem boa ideia fazer coreografias sincronizadas, despoletando um clima de parvalheira colectivo.

As mulheres cedem ao som e os homens bebem para sucumbir aos gostos delas. Um ciclo vicioso de dinheiro e corrupção.

Não há ninguém que tome medidas. Ficamos entregues à bicharada, só porque Deus resolveu fazer as mulheres assim. Talvez os tipos que fizeram as T-Shirts "God is a DJ" não andem enganados de todo. Às tantas, também é dono de um bar...

quarta-feira, julho 11, 2007

Quartas-Feiras V




A elouquecer, sem ar, nestes dias quentes, ao abrigo desta maravilha:

Paranoid Android

Please could you stop the noise, I'm trying get some rest
From all the unborn chicken voices in my head
What's this...? (I may be paranoid, but not an android)
What's this...? (I may be paranoid, but not an android)

When I am king, you will be first against the wall
With your opinion which is of no consequence at all
What's this...? (I may be paranoid, but no android)
What's this...? (I may be paranoid, but no android)

Ambition makes you look pretty ugly
Kicking and squealing gucci little piggy
You don't remember
You don't remember
Why don't you remember my name?
Off with his head, man
Off with his head, man
Why don't you remember my name?
I guess he does...

Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great height
From a great height... height...
Rain down, rain down
Come on rain down on me

That's it sir
You're leaving
The crackle of pigskin
The dust and the screaming
The yuppies networking
The panic, the vomit
The panic, the vomit
God loves his children, God loves his children, yeah!

Radiohead
OK Computer


Clique Aqui e Ali e Acolá



Agradecemos a todos os leitores a preferência e desejamos que tenham uma vida produtiva e consistente segundo a moral e os bons costumes. Sejam felizes e vão morrer longe.


terça-feira, julho 10, 2007

Showbiz


Assisti, incrédulo, a algumas passagens televisivas dos eventos que decorreram no passado sábado. Refiro-me, como é claro, ao Live Earth e à eleição das novas 7 Maravilhas do Mundo. Dificilmente me conseguirei lembrar de dois directos tão foleiros como aqueles. Viu-se de tudo, uma mistura intragável de "paleio" politicamente correcto, parolice, programa da manhã, intervenções ridículas e Catarina Furtado. É dose. Ia esquecendo-me da pior interpretação de sempre do clássico "What a Wonderful World" do Louis Armstrong. O homem deve estar às cambalhotas na campa.


Mas, devo salientar que o que mais me enervou foram as declarações de um "guru" da música portuguesa, mais concretamente aquele grande senhor que se autodenomina "Karkov".
O senhor Karkov, vocalista dos Blasted Mecanism, apresentou o seu ponto de vista do costume: o Homem tem de deixar de ser tão mesquinho em relação ao dinheiro e viver em maior sintonia com a Natureza. Um Homem Metafísico, diz ele. Qual é o problema aqui? Filosofias "pseudo-zen" (um adjectivo da minha autoria) é o que não falta, hoje em dia. Escabroso é o facto de, há uns dois meses, estes meninos terem feito um contrato qualquer com a Vodafone, uma multinacional cheia de graveto, chegando até a entrar num spot televisivo. É a verdadeira doutrina do "Cravo & Ferradura". Diz-se uma coisa e faz-se outra. Isto não é uma crítica aos músicos que querem ganhar a vida. É mesmo contra a hipocrisia.

quinta-feira, julho 05, 2007

A Idade Pesa


Alguém parou por cá numa rápida visita. Adivinhem quem o recebeu...