De férias outra vez. Já começa a tornar-se repetitivo. Segunda semana da Páscoa em Peniche. Nazaré e Leiria são sítios a visitar. E Lisboa, diz-se. Bairro Alto e tudo. A malta da Wolkswagen Transporter anda por aí à solta.
«O nosso pai sempre disse que rir era o melhor remédio. Talvez tenha sido por isso que alguns de nós tenham morrido de tuberculose.» - Jack Handey
Há quem se aleije ao ser engraçado. O caso da hipotética censura ao professor Daniel Luís já teve a sua quota-parte de fama através dos opinion-makers de serviço. Em jornais e em blogues foram apontados dedos à censura, esse mal antigo que tem vindo a ganhar notoriedade na praça pública. Porém, do exercício do humor pouco se falou. Algo estranho, visto que, o humor não é coisa de somenos, ou não teriam «aconselhado» um professor a diminuir o tom ou mesmo a parar com as suas graçolas. Um aconselhamento que poderia ter ido, pelo que se diz, até às últimas consequências. Algo grave, portanto.
Os humoristas, na presença de microfones esgrimidos por jornalistas, são habitualmente questionados acerca dos limites do humor, esse ser aparentemente imenso e incómodo (imensamente incómodo?). Estas perguntas pendem, na maioria dos casos, para o respeito pelas religiões, o direito à imagem pública, etc. Os entrevistados conseguem desembaraçar-se facilmente destas perguntas. Mas, o que acontece se o humorista estiver dependente de uma entidade patronal intransigente? Deve enfrentar as pressões ou dedicar-se a passatempos mais «saudáveis»?
É sabido que vivemos numa sociedade predominantemente engravatada. Muitas pessoas são, elas próprias, lugares-comuns da sabedoria e da austeridade. Ainda passa muito a ideia que alguém mais espevitado ou diferente é, invariavelmente, palerma. “Tiques fascistas”, dirão alguns. Discordo. Ainda não percebo como é que alguns líderes esquerdistas se levam tão a sério. A Direita e a Esquerda não são para aqui chamadas. Estamos é pouco habituados a ser livres, principalmente na parte dos outros serem livres. Quando incomodados por algo, reagimos, instintivamente, tentando calar a fonte da perturbação, principalmente, se esta origem está ao nosso alcance ou, melhor (pior?) ainda, sob a nossa alçada. Respeitinho, um sinónimo usual para medo e subserviência, é que é bonito.
O anonimato, um dos maiores flagelos da Internet, no que à prática do insulto grátis diz respeito, pode ser uma bênção nestas situações. É possível para um autor ter muitos leitores assíduos dos seus conteúdos sem arriscar a pele. As novas tecnologias permitem-no, a um custo muito baixo. Talvez tenha sido esse o erro do professor Daniel. Podendo ser um tipo «às direitas» em público e um agitador sem rosto nas horas vagas, optou pela crença na tolerância das gentes. Erro crasso, pelo menos enquanto a Moral e os Bons Costumes andarem por aí a fazer campanha eleitoral…
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