domingo, janeiro 10, 2010

"Já fostes. Ardestes."

Notícia do Público:

Geração perdida. A expressão, amarga, integral, acaba de ser usada no Reino Unido para encaixar quem tem agora entre 16 e 25 anos. Em Portugal há indicadores.


Socialismo destrói uma geração

Falta de flexibilidade laboral, salário mínimo, educação pública rasca, dependência do Estado, penalização da iniciativa privada, impostos elevados, etc.
O Estado social europeu destruiu uma geração.

5 comentários:

NJRT disse...

O Socialismo desapareceu na Europa quando caiu o Muro de Berlim. O que tu tens actualmente são países capitalistas com Estados Sociais (menores ou maiores, dependente do caso) financiados através dos impostos colectados.

Mas enfim, gosto do raciocínio.

Ganhas pouco e trabalhas muito. Coitadinho do patrão.

A tua empresa deslocalizou para um país onde pagam 5 vezes menos aos trabalhadores. Coitadinho do patrão.

Andas de estágio não-renumerado em estágio não-renumerado (O que é realidade na Alemanha, que não tem salário mínimo nacional). Coitadinho do patrão.

Já agora. Isto está mau não só para os jovens que têm curso,mas também para aqueles que ficaram pelo caminho no secundário. E ainda que não sejam a mesma «mais-valia» qualificada, continuam a ser gente.

Esqueceste-te de referir a geração perdida dos EUA, com um reconhecido e omnipotente Estado Social.

PR disse...

Ena, só coisas mas, Nélson. Em 20 mil anos de história humana não se arranja uma única sociedade porreira? (à excepção da Coreia do Norte e do Cambodja de há 20 anos)

NJRT disse...

PR,

gostava que me dessem provas de que a Europa estava melhor sem o Estado Social, é que basta pegar num livro do 12º ano e ler as condições em que viviam os trabalhadores nos países europeus no século XIX e inícios do século XX.

Não acredito nas sociedades perfeitas, que as houve ou haverá, mas deve haver algo melhor que isto, em que uns têm de penar para que outros vivam bem.

Se puderes, tenta chegar a um livro que é «O lado obscuro da economia» da Loretta Napoleoni e lê o segundo capítulo. É uma explicação muito mais plausível para o empobrecimento das classes médias ocidentais, do que o habitual arcar das culpas no Estado Social.

PR disse...

Nélson,

"gostava que me dessem provas de que a Europa estava melhor sem o Estado Social"

Não seja por isso, posso recomendar bibliografia daquela que não aparece nos comícios do PCP.

"basta pegar num livro do 12º ano e ler as condições em que viviam os trabalhadores nos países europeus no século XIX e inícios do século XX"

Sim, e o facto de os níveis de vida serem melhores no século XIII do que no século XVII mostra indubitavelmente que ser servo da gleba é melhor do que ser trabalhador assalariado.

"É uma explicação muito mais plausível para o empobrecimento das classes médias ocidentais"

Que empobrecimento? De onde vêm esses dados? Eu só vejo jovens com telemóveis e carros com que os meus pais nunca sonharam...

NJRT disse...

«Não seja por isso, posso recomendar bibliografia daquela que não aparece nos comícios do PCP.»

À vontade, se há coisa que não tenho medo é de ler, aprender, emendar erros ou cimentar conhecimentos. Só um aparte, a autora do livro que referi não é comunista, nem lá perto. Não é preciso sê-lo para apontar falhas básicas do actual sistema económico.


Sim, e o facto de os níveis de vida serem melhores no século XIII do que no século XVII mostra indubitavelmente que ser servo da gleba é melhor do que ser trabalhador assalariado.

Os operários do século XIX e primeira metade do séc. XX trabalhavam à volta de 16 horas por dia, num espaço sem condições, com constante pressão dos patrões para serem despedidos e ter alguém a trabalhar por eles por salários menores. Os operários desta época e os servos da gleba não diferenciavam nas condições de vida, apenas no nome e no seu dono: Um era o industrial, o outro era o senhor feudal.



Que empobrecimento? De onde vêm esses dados? Eu só vejo jovens com telemóveis e carros com que os meus pais nunca sonharam...

Mais uma vez, o livro que te indiquei indica isso. De todas as maneiras, deixo-te o site de um economista português, http://www.eugeniorosa.com/

E já agora, encontro-me todos os dias com uma realidade completamente diferente da que mencionaste.