sexta-feira, maio 19, 2006

Do Amor e dos Amantes (1ª Parte)

Eu podia muito bem escrever uma tese quilométrica sobre isto. Mas existem dois problemas quanto a isso: o primeiro e o segundo. O primeiro é eu ser um preguiçoso dos diabos. Devia existir um aparelho que escrevesse os nossos pensamentos com ferramenta de correcção automática de erros. O segundo é o detestar teses quilométricas. Logo, vou pôr uma musiquinha do Buarque (ele não se deve importar) aqui e depois faço o comentário do costume. Lá vai:

Teresinha


O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não

O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não

O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele s e chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração
Chico Buarque/1977-1978
Para a peça Ópera do Malandro

"O Amor fica a meio caminho entre o desprezo e a adoração"
Golias Ferreira

2 comentários:

Buru Har, the Cattenacio Mispeller disse...

Never seen the sky so blue
The birds are singing
And I've got nothing to do

Hey! Hey!
Hey! Hey!
Its just a sunny day

Anónimo disse...

What is this song?

Never seen the sky so blue
The birds are singing....

It looks like so famous...
Can help me anybody?

reklamzene@freemail.hu