Relativamente à pergunta efectuada no referendo "Você exerce o seu direito (e dever) de voto?", obtivemos os seguintes resultados:
SIM: 43,7%; NÃO: 56,3%
Podemos concluir que os portugueses não têm a capacidade nem a responsabilidade para tomar decisões relativamente ao presente e futuro do seu país. Volta Dr. Oliveira, estás perdoado!PS: Sócrates! Tens de começar a pôr as urnas em estádios de futebol porque, neste país, ninguém gosta de ir à escola!
12 comentários:
Este referendo vem mostrar aquilo que é a natureza de Portugal: gastar dinheiro inutilmente para adquirir "modernismos de pacote".
PS: Antes os estádios do Euro2004, que já fizeram um dos clubes portuguesas ser a 20ª empresa mais rica do mundo no sector, duvido que uma mulher venha a ser a mais rica do mundo por fazer um aborto.
Ruca, o que eu estou a dizer é que uma mulher que queira abortar em hospitais públicos é um elemento que dá prejuízo, eu sinceramente não sei de onde vão ser desencantados os tais 700 euros por cada aborto, mas prontos, para referendar impostos é que já ninguém tem vontade.
Isso é, de facto, uma verdade. A única coisa que não percebi foi a comparação com os estádios de futebol do Euro2004. Primeiro, porque uma e outra coisa em nada estão relacionadas. Segundo, porque, mesmo discordando de termos todos de pagar pelos abortos a serem efectuados, o gasto dos estádios foi muitas vezes superior ao que alguma vez se gastará com o aborto. Desnecessariamente. E com proveitos para os privados e não para o Estado, que financiou grande parte.
Sim, verdade o que dizes, mas no caso dos estádios houve proveitos, mesmo que só para uma parte, a génese do aborto é corrigir um erro, (a)pagar o prejuízo feito por outrém que nunca terá qualquer retorno financeiro seja para que lado for.
Sem dúvida, duas verdades. Continuo sem conseguir descortinar qualquer relação plausível entre elas.
A relação existente é a de que o Estado fez um investimento nos dois casos, mas só no caso dos Estádios houve um acréscimo de património e capital, mesmo que do lado dos privados.
O significado do meu segundo comentário é que considero impossível que uma mulher venha a capitalizar com um aborto que faça.
Eu não sou, nunca fui, nem nunca serei em prol do aborto. A questão que se colocava, ontem, era, essencialmente, ética e de consciência pessoal. No entanto, o argumento da capitalização de um aborto é falacioso. Porque o Serviço Nacional de Saúde (SNS) garante milhares de cirurgias por ano, sem as capitalizar. Porque a Segurança Social garante milhares de reformas e pensões várias, sem as capitalizar. Porque o Instituto de Emprego e Formação Profissional garante formação acrescida a desempregados, sem a capitalizar. Porque o Ministério da Educação garante a formação de muitos jovens de forma quase gratuita, sem a capitalizar. Em suma, porque o Estado atribui inúmeros subsídios, ajudas, incentivos (culturais, agrícolas, de acção social, etc.), sem os capitalizar.
Quanto ao futebol, aí discordamos em absoluto. Porque não consigo compreender que um país como o nosso, a braços com uma grave crise económica, tenha investido em 10 (não 4. não 5. 10!) estádios de futebol quando as máquinas que gerem esses clubes privados lidam, diariamente, com milhares e milhares de euros, pagando salários surreais e completamente diversos da realidade portuguesa e ainda sendo agraciados com beneces fiscais.
Por fim, mesmo o argumento de que os estádios geraram acréscimo de património e capital não é inteiramente verdade. Foram 10 obras (não 4. não 5. 10!). Vê os gastos (na construção dos 10) e vê os retornos (que advêm dos 10).
PS - obviamente, onde se lê beneces leia-se benesses.
Se bem reparaste, eu não fiz a apologia da construção de estádios em relação a outras medidas de investimento, apenas disse que é um investimento preferível ao aborto, por uma simples razão.
O Aborto não é necessário como querem impô-lo, é diferente uma mulher abortar porque o feto está deformado, em perigo de matar a própria mulher ou em caso de violação, do que abortar porque «sim».
O Aborto a um feto saudável é muito menos necessário que uma cirurgia, feitas sempre que algo de perigo ameaça o nosso organismo.
Uma pessoa qualificada será sempre qualificada, terá sempre uma maior capacidade de produção do que uma pessoa que não tenha, e, seja agora ou daqui a dois anos pode vir sempre a contribuir positivamente no seu posto de trabalho.
Também preferia mais hospitais ou mais laboratórias e investimento no ensino que mais estádios, mas não deixo de preferir estes últimos do que salas e equipamentos para abortar.
Quanto à questão ética acho que concordamos, não acredito que ninguém tenha a liberdade para condenar ao fracasso a vida de outra pessoa sem que esta tenha sequer decorrido.
P.S: Quanto ao que o Hugo postou, acredito que a abstenção foi alta por causa do tema, apesar de todo o barulho feito à volta do "tabu" não é algo que vá mudar muito a vida das pessoas, um referendo à Constituição levaria muitos mais eleitores às urnas pela seriedade do tema.
Eu estou fora um dia e enchem-me isto de comentários! Já não há respeito!
«Podemos concluir que os portugueses não têm a capacidade nem a responsabilidade para tomar decisões relativamente ao presente e futuro do seu país»
Ou que não as querem tomar;
Ou que julgam que não têm impacto verdadeiro;
Ou que se estão marimbando para o tema em questão;
Ou etc., etc., etc.,
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