Nestas férias, que prometem ser as mais curtas e aborrecidas de sempre, deu-me para dissertar sobre o último fenómeno de popularidade: o último livro da saga Harry Potter. O enredo e a escrita não são propriamente pilares na história da Humanidade, mas pode-se dizer que tem o seu "quê" de interessante. Confesso que ainda não li nem o último nem o penúltimo livro, por manifesta falta de tempo. A "grande questão" que a maioria dos fãs levanta é a seguinte: será que aquela "carniceira" tem coragem para "matar" o rapaz, no fim?
A pergunta, em si, é pertinente, porque as histórias, principalmente as são orientadas cronologicamente, ou seja, têm início numa data e terminam linearmente numa data posterior, são fortemente condicionadas e definidas pelo desfecho, uma espécie de "moral". Uns, movidos pela ideia do livro infanto-juvenil, acreditam que o Bem triunfará sobre o Mal e o vilão acaba por ser fortemente sovado, os protagonistas casam-se, têm dezenas de filhos e vivem felizes para sempre num paraíso cheio de borboletas. Outros, mais acautelados pelos "assassinatos" protagonizados pela autora em relação a algumas personagens de relevo, apontam a morte do jovem feiticeiro e da risada final do Lord Voldemort.
Na minha opinião, nem uma nem outra são, de todo, interessantes. A primeira hipótese peca pela banalidade, afinal de contas, praticamente todas as histórias acabam mais ou menos desta forma. Extremamente aborrecido. A segunda é ligeiramente mais incomum, mas já toda a gente está à espera deste desfecho. Sendo apologista de finais surpreendentes acho que o melhor final possível seria a que o Harry matava Lord Voldemort e tomava o seu lugar do "lado negro da Força". A profecia era cumprida, as criancinhas e os pais pela decência ficavam escandalizados, era inovador e lançava o debate entre as propensões pessoais para o Bem ou para o Mal. Vejamos se há coragem para tal...
A pergunta, em si, é pertinente, porque as histórias, principalmente as são orientadas cronologicamente, ou seja, têm início numa data e terminam linearmente numa data posterior, são fortemente condicionadas e definidas pelo desfecho, uma espécie de "moral". Uns, movidos pela ideia do livro infanto-juvenil, acreditam que o Bem triunfará sobre o Mal e o vilão acaba por ser fortemente sovado, os protagonistas casam-se, têm dezenas de filhos e vivem felizes para sempre num paraíso cheio de borboletas. Outros, mais acautelados pelos "assassinatos" protagonizados pela autora em relação a algumas personagens de relevo, apontam a morte do jovem feiticeiro e da risada final do Lord Voldemort.
Na minha opinião, nem uma nem outra são, de todo, interessantes. A primeira hipótese peca pela banalidade, afinal de contas, praticamente todas as histórias acabam mais ou menos desta forma. Extremamente aborrecido. A segunda é ligeiramente mais incomum, mas já toda a gente está à espera deste desfecho. Sendo apologista de finais surpreendentes acho que o melhor final possível seria a que o Harry matava Lord Voldemort e tomava o seu lugar do "lado negro da Força". A profecia era cumprida, as criancinhas e os pais pela decência ficavam escandalizados, era inovador e lançava o debate entre as propensões pessoais para o Bem ou para o Mal. Vejamos se há coragem para tal...
6 comentários:
Se eu fosse a Rowling teria escrevito um final dramático. Daqueles onde toda a gente fica com os tomates no chão - finais que marcam pela diferença.
Neste tipo de histórias os finais são, não raras vezes finais felizes onde todos vivem juntinhos como as toupeiras.
Atrever-me-ia dizer que é influência da TVI, lol.
Eu gostava que o Harry se tornasse mau. Ai, o nosso feiticeiro "papava" a Hermione - se é que já não o fez - e de seguida enfiava-lhe um balásio na massa cefálica.
Diz la Monteiro se este não seria um fim à cavalão?
Yep, o fim do mundo em cuecas, basicamente.
Eu gostava de ver o Potter a comer a Hermione por trás, a meias com o Voldemore.
A meias? O Potter é meio tinhoso, não deve gostar de partilhar.
PS: Os comentários andam muito bons, ultimamente...
Para quem admite não ter lido os últimos livros tens uma escrita bastante presunçosa.
Experimenta criar um estilo próprio, talvez assim comeces a escrever bem.
É isso e água benta. Afirmei que apenas não tinha lido os dois últimos livros (o 6º e o 7º). Não me parece que a mulher tenha mudado muito de um dia para o outro. O final vem apenas estipular se esta saga vai ser apenas mais uma saga infanto-juvenil de boa qualidade ou uma quebra no cliché do final previsível.
E como deve saber, "bem" é relativo. Logo, sem referência, não há entendimento. Estamos entendidos?
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