sexta-feira, agosto 22, 2008
5 comentários:
- NJRT disse...
-
a violência doméstica é um ponto a favor do projecto de divórcio proposto pelo PS, mas como o contra-corrente diz, «Um divórcio deixa sempre muitos problemas sociais, afectivos, economico», e eu sou testemunha em primeira mão disso. Um divórcio bem processado e bem mediado pelas instituições da justiça permite que im cônjugue receba uma pensão do outro lado, é que não é raro haver filhos para criar nestas questões ou que um dos cônjugues se tenha dedicado à família em vez da sua carreira e as poucas qualificações lhe valham pouco mais que o desemprego.
A violência doméstica, tal como todas as violências perpetradas, é uma barbárie que deve ser combatida pela população e Estado das nações, mas que por uma barbárie não se cometa outra barbárie, que é o de enviar mais pessoas para a pobreza, pessoas essas que preferiram dedicar a vida ao matrimónio do que às suas carreiras.
Um pedido de divórcio é sempre iniciativa individual e para combater mais efectivamente a violência doméstica é o Estado garantir aos afectados locais de acolhimento e apoio psicológico. - 2:13 da manhã
- Hugo Monteiro disse...
-
Nélson, o problema é que o Estado se mostra muitas vezes ineficaz na sua tarefa de assegurar os Direitos de toda gente. A minha crítica não vai para o veto à lei, em si. Principalmente porque ainda não estudei o assunto em profundidade. O que me incomoda é que ainda há muita gente que ache uma chapada entre pessoas da mesma família uma coisa normal. A violência banalizou-se tanto que ninguém se lembra que é crime.
- 9:51 da tarde
- Rui Afonso disse...
-
Não se pode tomar a parte pelo todo. A argumentação está, aliás, muito bem construída. E é bom salientar que estalo, aqui, aparece entre aspas, pelo que se deduz significar percalço, algo menos bom na relação, um próprio despertar brusco para a realidade de que uma relação a dois não é sempre perfeita, como, aliás, explica mais abaixo. Só espremendo muito o texto, tirando o termo estalo do contexto, excluíndo-lhe as aspas e acrescentando um pouco de má-vontade se consegue achar que o autor do comentário pretende defender que se suporte a violência doméstica.
- 12:52 da manhã
- Hugo Monteiro disse...
-
O meu problema é que ele associa o estalo a um percalço, ou seja, a uma coisa simples. Uma pessoa que puxa da mão uma vez abre um precedente. E acredito, que na maioria das vezes, as coisas não acabem bem.
- 1:47 da manhã
- Rui Afonso disse...
-
Para a próxima tento escrever o meu comentário em português. Talvez nos entendamos... ;)
- 8:53 da manhã
O divórcio não deve ser facilitado nem dificultado, "in medius virtus est" como diziam os romanos.Mas o equilibrio e o bom senso são qualidade raras hoje em dia na sociedade...
Não pode haver divórcio à primeira "estalada" mas o sistema também tem que acompanhar o desiderato.Um divórcio deixa sempre muitos problemas sociais, afectivos, economicos, etc. e deve ser apenas um recurso "disponivel" e nunca "facilitado".Designadamente, um divórcio não pode ocorrer em 24 horas nem em 3 meses...
Hoje em dia com a cultura de independência dos jovens (egoismo também) não há cedências e existe o culto de que uma relação tem que ser sempre apimentada (isto é sempre adocicada e apaixonada) e sabe-se que não é assim.Se não houver uma cultura de colaboração, de resistência, de tolerância, de reconhecimento de uma "menor paixão" com o tempo, fica o "caldo entornado".Conclusão: o sistema de justiça deve meter um "pauzinho na engrenagem" como dizia o Zé Mário Branco para que o divórcio não seja a 1ª opção mas a última...
Aqui não concordo com o Manuel Alegre em quem votei, aliás...
Contra-Corrente:
Claro, uma chapada no conjugue é uma coisa normalíssima. Sugiro que só sejam permitidos divórcios a partir do primeiro pontapé na cabeça. Só assim poderemos trazer algum bom senso para este debate.