Abril de 1963
Irmãos de Sangue
Berto acorda todos os dias com o refrão do Tutti-Frutti na cabeça. Mingos prefere Marino Marini. Nando julga-se um Navajo. Lau faz uma cabana e apaixona-se pelas tranças de Mila. Quim gostava de os acompanhar a trepar às figueiras se não tivesse medo de cair e entortar o aparelho dos dentes.
Carlos Tê / Rui Veloso
Ai as tardes nas matas
A folhagem por tapete
Tocando tamborim em latas
E a boca a fazer trompete
Subir pinheiro bela arte
Pintar o ándio na cara
Meia rota de estandarte
A flamejar na ponta de uma vara
Ai esse tempo
Quando o tempo era largo
Madressilva figo verde
Ai que doce o verde amargo
Correr solto nos velados
Ser tão ágil como o gamo
Ver a salamandra ao sol
E o pardal de ramo em ramo
Refrão
Eu sou comanche meio apache
Ele navajo e tu moicana
Faço a canoa e pesco o peixe
Tu és o lume da cabana
Pega nessa faca e faz um golpe
Põe o teu sangue no meu a jorrar
Eu juro trazer o escalpe
De quem roubar o sol do teu olhar
Refrão
Ai que doce o verde amargo
Correr solto nos velados
Ser tão ágil como o gamo
Ver a salamandra ao sol
E o pardal de ramo em ramo
Refrão
Eu sou comanche meio apache
Ele navajo e tu moicana
Faço a canoa e pesco o peixe
Tu és o lume da cabana
Pega nessa faca e faz um golpe
Põe o teu sangue no meu a jorrar
Eu juro trazer o escalpe
De quem roubar o sol do teu olhar
Refrão
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