Jornal Público, página 4, edição de 30 de Novembro. Vários sindicatos voltam à carga por diversos motivos. Assunto corriqueiro, portanto.
Uma curiosidade, porém:
Os sindicalistas queixam-se que o governo não lhes liga. Normal. A parte engraçada começa quando apresentam a personagem que consideram ser um referencial, no que às boas relações executivo-sindicatos diz respeito é, nada mais, nada menos, que António Guterres.
Uma curiosa perspectiva, tendo em conta os sobejamente conhecidos episódios em que o ex-primeiro-ministro mimou estas instituições, criando situações de descontrolo generalizando na administração pública. Pouco mais há a dizer sobre o sujeito que abandonou o cargo para "evitar que o país caísse num pântano".
Nessa mesma página são apresentados dois gráficos: um, comparando as estimativas governamentais da inflação com os valores reais desta, e outro, mostrando a diferença existente entre os aumentos na função pública e a inflação. Existe, como é óbvio, uma série de discrepâncias entre os aumentos dos ordenados, o valor previsto e o valor real do défice, ao longo dos anos. Gostava que também tivessem feito análises de produtividade, para verificar se os ordenados reclamados pelos sindicalistas fizeram dos trabalhadores pessoas mais aplicadas nos seus empregos, beneficiando o aparelho do Estado como um todo. Algo me diz que não.
Mas é por Guterres, o sujeito que pôs as contas públicas (ainda mais) em pantanas, que os sindicatos nutrem respeito. Diz-me com quem andas...
PS: O endereço que providenciei não é o mais correcto, mas não pude encontrar o link para a zona inferior da página do jornal. O título da notícia é [Sindicalistas dizem que "é como do branco para o preto"], caso tenham pachorra para procurar. Querem ver que também pretendem acusar o Sócrates de ser preto?
Recordando alguns dos nossos livros de cabeceira em 2024
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Eu
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José Pimentel Teixeira
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Maria Dulce Fernandes
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Ana CB
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Há 4 horas
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