Os inquéritos de Verão são uma secção essencial nas revistas e jornais. O conhecimento adquirido nessas páginas é indispensável para perceber as mentalidades do nosso país.
Depois de descobrir que Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, considera Álvaro Cunhal, o tipo que apoiou a invasão da antiga Checoslováquia pela União Soviética, durante a Primavera de Praga(um exemplo chega), o seu político preferido, fico a saber que Ana Mendes, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, é Federalista. À pergunta «Era capaz de anexar Portugal? A que país?», respondeu «Sou federalista. Anexava os países da União Europeia uns aos outros, numa nova entidade política supranacional». Isto pode parecer algo simples, mas não é.
Cara Ana, a tua posição é um pouco difícil de compreender. Normalmente, as pessoas assumem uma posição porque, na sua perspectiva, é o melhor a fazer. Porém, não consigo encaixar a ideia que, se Portugal fosse governado por uma elite política, a partir Bruxelas, estaríamos melhor. Num período em que se discute a importância da regionalização, devido ao umbiguismo dos nossos dirigentes em relação a Lisboa, parece-te uma boa ideia mudar o centro decisório uns 2000km para Nordeste? Perder a autonomia diplomática iria beneficiar-nos no comércio com os PALOP's? Ser um Estado como a Califórnia ou o Texas seria uma melhoria? Ou simplesmente não sabes do que estás a falar? Talvez os tachos na Europa sejam melhor remunerados do que cá? Principalmente para dizer palermice. É isso? Assim já nos entendemos.
Recordando alguns dos nossos livros de cabeceira em 2024
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Eu
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José Pimentel Teixeira
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Maria Dulce Fernandes
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Ana CB
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Há 10 horas
4 comentários:
Aparte os teus habituais ataques à esquerda política, reitero o nojo à declaração da Ana Gomes, Portugal já perdeu liberdade nas suas políticas financeiras(não pode ultrapassar um défice de 3% do PIB, não tem controlo sobre a política monetária), transferir os escassos poderes políticos que nos restam seria mais uma página negra na nossa história, na da Europa e um negro precedente histórico do mundo.
É preciso manter o poder fora das elites, ou pelo menos, controlá-lo e vigiá-lo apertadamente, contudo, ter uma elite política ou uma elite de gestores privados a administrar a nossa vida e a controlar o que deveria ser dos cidadãos é igual. Uma sociedade elitista tem sempre o mesmo modus operandi, reservar a uns poucos o que deveria ser de todos.
Já agora, mandando achas para a fogueira: Apoio a invasão da Russia à Geórgia, porque a população ossetina pede protecção russa das forças georgianas que continuamente lhes ia açambarcando a região, destruindo as suas infra-estruturas e amedrontando a população. Gostava de saber porque é que os líderes ocidentais, em vez de consultares a opinião dos líderes separatistas ossetinos e abecazes foram buscar ao baú de recordações a Guerra Fria e criminalizar a Russia pelo sucedido.
E gostava também de perceber o porquê da existência da NATO? O único Pacto de Varsóvia existente foi o celebrado à uns dias pelos Cowboys e pelos polacos.
Ou muito duvido, ou os rednecks ainda vão invadir a Rússia daqui a uns bons anos, primeiro estão a isolá-la, depois a cercá-la, só estão à espera de um momento de quebra da economia, do exército e do regime russo para virem com a ladainha do costume e invadirem outro país. Os cowboys sempre foram assim: Forte com os fracos, fracos com os fortes. Gostava de saber onde é que eles estavam quando o Saddam Hussein matou milhares de curdos, ou quando o Karadzic e o Milosevic estavam a exterminar os muçulmanos bósnios, ou quando os judeus estavam a ser eliminados pelos nazis ou agora com o genocídio do Darfur.
Quanto à União Europeia, é altura de deixarmos a subserviência, seja a um bloco ou a outro, é altura de os europeus trilharem o seu próprio caminho, porque o neoliberalismo americano deu no que deu, com milhões de gente a perder as suas casas, com milhões sem direito a cuidados de saúde, com mais de 35 milhões a viver abaixo do limiar da pobreza(e a própria América a entrar em recessão).
É altura da Europa reflectir...mas com a corja que governa actualmente, não vamos longe.
É Ana Marques, e não Ana Gomes, a Eurodeputada (apesar dessa dizer bastantes barbaridades, também).
Vamos por partes:
O sistema mais parecido com o sistema federalista convencional é o americano. Os EUA funcionam com uma administração central e vários sistemas locais (estados). Porém, apesar das várias etnias, credos, tradições, etc., são um só povo com uma história partilhada. Na Europa isso não acontece. Além disso, os portugueses, assim como outros países com baixa representação populacional, teriam problemas em expressar os seus pontos de vistas em relação a vários temas, nomeadamente, a política económica, tal como referiste.
Mas o Euro trouxe alguns desafios que são benéficos para o país. O Euro é uma espécie de exigência, uma obrigatoriedade de desenvolvimento do país. Se continuássemos a desvalorizar a nossa moeda para competirmos com os chineses, a nossa inflação estaria descontrolada, as nossas indústrias menos competitivas seriam protegidas (prejudicando a economia do país), apenas atrasando a transição para uma verdadeira economia, digna de um país desenvolvido.
Sinceramente, não compreendo a posição dos países ocidentais. A Geórgia, contra toda a lógica e bom senso, iniciou um ataque, com as repercussões que conhecemos, e depois vêm fazer-se de vítima? Por muito maus que os russos sejam (e acredita que são), desta vez tiveram razão.
Quanto a inspirações políticas, acho que temos muito a aprender com países como a Islândia que, sem destruir os negócios e sem impostos altos, tem uma componente social forte e bem gerida.
Eia, Nélson! Vai para aí tanta mistura de política esquerdista seguidista panfletária...
Nélson ao poder! :)
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