Até aqui, tudo bem, visto que esta opinião é bastante consensual na maioria das ideologias políticas. Há um pequeno "senão". A maioria das pessoas julga que um cidadão, ao tornar-se político, é imbuído de um espírito de santidade. Este raciocínio legitima a maioria das posições de Esquerda sobre a centralização e estatitazação do poder decisório económico das sociedades. Porém, é mais complicado de perceber se um político está a legislar/decidir para benefício colectivo ou benefício próprio. Assim, é mais complicado escrutinar a actuação pública do que a privada.
Quando até o Supremo Tribunal é influenciado por posições partidárias, é muito difícil estipular se as entidades reguladoras como o BCE ou a FED estão a agir no melhor interesse dos cidadãos. Cabe-nos interpretar os factos de forma a discernir se as consequências tiveram causa em falta de regulação ou má regulação. Esta é a questão essencial na crise do subprime.
2 comentários:
deixo-te aqui um site(em espanhol)com, no meu ver, uma boa explicação sobre a crise financeira actual.
Os dois exemplos que tu deste, tanto a crítica do Adam Smith, como a tua própria ao sistema político actual têm as duas a mesma origem: Concentração de poderes. Nem uma sociedade manietada pelos poderes privados nem estrangulada por um super-estado é favorável. Se queres uma sociedade verdadeiramente democrática devolve a democracia e os seus processos de decisão a quem de direito pertencem: Os cidadãos.
Mais um exemplo a adicionar ao teu post que dá "o melhor dos dois mundos" e a sua promiscuidade: A ida de Jorge Coelho para a Mota Engil.
http://leopoldoabadia.blogspot.com/search/label/%2B%20ANEXO%201%20Crisis%20NINJA
Caro Hugo,
Não tem (directamente) a ver com este artigo o meu comentário; deixo-o aqui pois não tenho o teu endereço de e-mail.
Deixo-te aqui a ligação para um artigo do Pedro Arroja (penso que deves conhecê-lo de nome, dado ser um ex-blasfemo), sobre liberalismo económico e o Estado.
http://portugalcontemporaneo.blogspot.com/2008/09/mil-vezes.html
Abraço!
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